Com o XIV Encontro Nacional de Riscos, à semelhança do que aconteceu nos anteriores, pretende-se revisitar um acontecimento particularmente nefasto, cuja efeméride “redonda” ocorre neste ano, para dele retirar os ensinamentos que pode transmitir e, assim, aprender com essas experiências.
Este encontro pretende colocar a comunidade científica, bem como e sobretudo os agentes de proteção civil, os órgãos de soberania regionais/locais, os professores dos ensinos básico e secundário e a população em geral, a refletir sobre o que fazer em caso de situações de catástrofe provocadas pela manifestação do risco de cheias e do risco de inundações fluviais, aprendendo com o passado para melhorar o presente e o futuro, tomando consciência de que a frequência e a intensidade destes eventos hidrológicos excecionais têm tendência para aumentar no futuro e afetar um número crescente de pessoas e bens.
Pretende-se também, neste Encontro, discutir a importância que um eficaz planeamento e ordenamento do território pode ter na redução destas catástrofes e avaliar a forma como a sociedade encara estes fenómenos e perceber se estará mais consciente e preparada para os enfrentar do que estava no passado. Refletir-se-á, ainda, sobre a importância da educação formal, nos diversos níveis de ensino não superior e na construção de sociedades mais conscientes e resilientes a tais riscos.
Depois, porque a “memória do risco” tem um papel fundamental na evolução do conhecimento e é determinante na estrutura das ações dos atores sociais e na seleção das tomadas de decisão, tendo em vista a redução dos riscos, presentes ou futuros, baseada na experiência adquirida, esta temática também fará parte integrante do Encontro, como forma de complementar e consolidar toda a aprendizagem decorrente do passado.